Olhei-te por de entre as cores do campo
quando o orvalho as tornava mais brilhantes.
As brumas da manhã acariciavam os sapais
e o som das ondas ouvia-se ao longe.
Não, não existia essa paisagem
quando me passaste ao lado e estremeci.
Também não olhei para trás quando te vi.
Mas um dia, permanecemos juntos até ao fim do tempo e
um dia parti:
...eu não existo
sou o reflexo de uma luz que não é minha e
pairo no céu, presa em milhares de estrelas...
mas morro, a cada instante,
sobre a terra molhada,
ouvindo a força do mar
e sentindo a tempestade da trovoada.
4 comments:
És Lua de Papel...
Beijo o teu luar, até outro momento
Do teu poema de hoje guardo para mim estes versos "Não, não existia essa paisagem
quando me passaste ao lado e estremeci.
Também não olhei para trás quando te vi." (mhnmm chocolate preto... uma vez por semana dois quadradinhos...) Beijo
Belo versar que descobri por estes lados...um elogio da escrita com um toque sublime...boa semana e agradeço a passagem algures pelo escuro...
Não olhar para trás às vezes é mau... Quem sabe um dia?
Beijinho grande amiga
rucha
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