Thursday, February 17, 2022

Vim espreitar a loucura e surpreendi-me.....


 

Fui eu que selecionei, fui eu citei, fui eu que escrevi e, vejam só, até gostei do que revi passados milhões de segundos!

A ausência demorada carrega o esquecimento nas suas costas e o esquecimento torna-nos invisíveis.

Posso escrever qualquer parvoíce aqui porque sei que ninguém me vai ler. Quem me seguia já não me segue!

Entretanto, assola-me agora mesmo uma dúvida: a Física explica a dinâmica dos corpos rígidos, será a Psicologia que explica a dinâmica das mentes flácidas? Ou é mesmo só aquele pecado capital, a preguiça, que não me deixa acender o interruptor para que consiga ver o lápis?

Monday, June 03, 2013

Friday, April 26, 2013

Visita de médico ou....não

Vim rever o passado para saber quem é presente!

Tuesday, April 26, 2011

A Internet tem esta vantagem absoluta de reduzir a distancia e o tempo. Também permite a magia atroz de conforme aparecemos na vida do outro podermos desaparecer sem deixar rasto algum que não seja a memória de uma presença, mais ou menos importante. São rápidos os elos que se criam e igualmente fáceis os nós que se desatam.

Quando criei a minha conta de Facebook, há cerca de dois anos, fui procurar colegas de liceu. Assolou-me uma memória simpática e calorosa daquele tempo. Aliás, tenho melhores recordações do meu tempo de liceu do que o da faculdade.

Uma das desvantagens das grandes cidades é que perdemos mais facilmente o contacto com as pessoas que entram na nossa vida nas suas diversas fases. O FB aliciava com a promessa de encontrar ‘amigos perdidos’. Adicionei o meu liceu e parti, sentada na minha secretária, para uma exploração no tempo.

Não me lembrava de muitos nomes completos e de todos os que estavam na minha memória apenas encontrei um, o de um colega de turma no curso geral. Lembrava-me perfeitamente da sua face aos 15 anos, do seu jeito alegre e descomprometido. Senti uma alegria infantil de saber dele, 30 anos depois. Reconheceu-me logo pelas poucas palavras que trocámos numa mensagem privada. Foi como se no dia anterior estivéssemos a tomar café no Sul América ou no Vává. Falámos dos empregos, da família e mostrámos a nossa satisfação pelo reencontro.

Não voltámos a trocar mais palavras mas ele ‘estava ali’, com a sua família e os seus amigos frequentemente a demonstrarem-lhe o seu afecto. Mostrava os seus passatempos e as suas preferências com uma cortesia despretensiosa. Percebi que aquele miúdo que tinha sido meu colega de carteira tinha-se transformado num homem de quem se gostava.

Não ia ver o seu mural com frequência mas no princípio de Fevereiro percebi que ele estaria com um problema grave de saúde. Deixei-lhe uma mensagem, não lhe perguntando nada mas desejando que o que fosse passasse rápido. Desactivei a minha conta nesse mesmo dia. Ontem, quando a reactivei, lembrei-me do Luis Filipe e se estaria melhor. Procurei-o mas a primeira mensagem que encontrei no seu mural, escrita por um amigo presente para os que não o eram assim tanto, dizia: Não sei se sabe, mas o Luis faleceu no dia 6 de Fevereiro.

A internet tem destas coisas, reduz o tempo e a distância. A internet permite que encontremos e  que percamos com tanta rapidez como a de um clique.

Não consegui reprimir uma lágrima e mais uma vez assolou-me uma canção que frequentemente lembro: Ignorance is bliss. Será?