Sunday, January 21, 2007

E SE A ALMA TE REPROVA



Faz meu nome teu amor e amor
E amas-me então pois eu te chamo Ardor.
Se a alma te reprova e eu venha perto,
Jura à cega, que o teu amor eu fosse,
Ardor tem, como saber, sitio certo,
E assim me enchas, amor, medida doce.
Ardor enche de ardor e amor, teu cofre,
Ai, lardeia-o de ardor, e ardor a pronto
E bem prova que em vazadouro sofre:
Se o numero é grande, eu só não conto.
Faça o meu nome, teu amor e amor
Então que eu passe em grupo sem ser visto,
Sendo um nas contas dessa feitoria
Tem-me em nada, se te agradar registo:
De que este nada em ti é doçaria.
Faz meu nome teu amor e amor
E amas-me então pois eu te chamo Ardor.

Saturday, January 06, 2007

Caminho

Vou atravessando este caminho

feito de tempestades e de bonanças

com verdes e pretos,

manchado de cansaços e de esperanças.

Vou atravessando este caminho

que alguém pincelou

de gentes e de momentos,

que tatuam a minha memórias

e vou continuar a atravessar este caminho,

com o sangue dos meus medos

e a força da minha calma,

sem glórias.

Que haja sempre luz,

para que lute pelo que merece

e discernimento para abandonar

o me destrói a alma.



(aos meus filhos que transformam o meu caminho em primaveras cintilantes que iluminam o meu olhar)