Tuesday, July 24, 2007


'Pecado é não amar. Pecado maior é não amar até ao fim do amor'
in As mulheres do meu pai, de Eduardo Agualusa

Monday, July 23, 2007

Gosto do número cinco
porque cinco se escreve com cinco letras
e cinco são os dedos que se veem na mão aberta.
Cinco é nome de qualquer filho,
do amor que abraça.
Porque cinco são as letras do tempo,
do nome amado,
e do calor sentido.
Gosto do cinco
porque é o do poema.
É o número da bruma
e da chuva.
Cinco é o da terra que nos faz nascer,
da morte,
e do ciclo fechado.

Sunday, July 22, 2007

O caso do apito dourado está a tomar proporções de história da carochinha!
Como se não bastasse uma agora apareceu a gémea má. E como é má é morena, como nas histórias das princesas e das bruxas. Curíoso como funcionam os estereótipos do inconsciente colectivo: as loiras boazinhas (e agora também burrinhas) e as morenas, as mázinhas (e agora as muito mais safadas).
Aconselha-se a leitura urgente da Psicanálise dos Contos de Fadas, do Bruno Bertheleim. ;-)

'Divididos entre o bem e o mal, representados por príncipes, fadas e também por monstros, lobos e bruxas apavorantes, os contos de fadas encantam as crianças e os adultos desde a sua criação, que data da época medieval. Mas a sua função não pára aí, pois além do entretenimento, transmitem ainda valores e costumes e ajudam a elaborar a própria vida através de situações conflitantes e fantásticas.Jung, discípulo de Freud, referia que “Mitos e contos de fadas expressam processos inconscientes. A narração dos contos revitaliza esses processos e restabelece a simbiose entre consciente e inconsciente”

(------->>>> Vou à procura do João Ratão e já volto)


Tuesday, July 17, 2007


Não é que goste de olhar para o passado nem imaginar o futuro, mas nesta noite de insónia fui espreitar o meu moribundo blog do sapo ( e não digo morto porque não tenho coragem de o enterrar) e constatei que afinal estou completamente embrutecida.
Bem me dizia um amigo para eu recuperar alguns textos aqui para o blogspot. E eu de tão embrutecida que estou até me sinto orgulhosa só de copiar o que fiz há dois anos atrás (tomar consciência do estado de letargia servirá para acordar?!).
Em 31 de Outubro de 2005 escrevia:
Impressões

Gosto da palavra hoje! Parece dar-me a verdadeira dimensão do tempo: objectivo, acessível e prático. É verdade que ainda me perco no passado, sinto que me prende com as suas correntes mais do que o futuro. Mas o hoje é o que é possível!


Hoje, dei comigo a pensar na maravilha de alguns fenómenos. Como é que com 7 notas musicais se compõe uma infinidade de sons diferentes? Como, com 24 letras, se escreve em português uma imensidão de sentimentos, emoções e pensamentos? E como é que juntando 4 cores apenas (cyan, magenta, amarelo e preto) se pintam todas as cores da natureza?


Não entro nos pormenores dos processos físicos e químicos que explicam uma série de fenómenos, basta ficar por estes para tomar consciência da minha surpresa.


Hoje também constatei que já existem mais de 1000 entradas para este blog. Aos que aqui vêm, sobretudo para os que com os seus comentários, muitos deles tão assíduos quantos os posts que coloco, deixam um estímulo que desconhecem mas que eu sinto, envio o meu obrigada."


HOJE

constatei que em vez de andar para a frente tenho recuado em muitas frentes!

HOJE

estou com a impressão que esvaziei!


(lá no sapo, num blog que não tem posts novos há 2 anos, há tantos visitantes quanto neste em que, quase todas as semanas, copio umas merdas de umas letras animadas por umas merdas de vídeos. Obrigada aos resistentes!)









Monday, July 09, 2007

Encosta-te a mim
Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar.

Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.



eu queria-te bem...

Wednesday, July 04, 2007

Shine on you crazy diamond