Tuesday, May 23, 2006


Para ser grande, sê inteiro: nada
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis

Tuesday, May 16, 2006



Das Utopias

Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos se não fora

A mágica presença das estrelas!

Mario Quintana

Friday, May 12, 2006

















Lua feiticeira

que se deita com o mar,

mergulhando-se em

mágicas correntes

de sal e amor.

O teu brilho, Lua,

é o do Sol, que renasce

em cada onda, nas noites

dos profundos silêncios.

Deixa-te ir, feiticeira,

na ternura da espuma

e na loucura do espanto.

Thursday, May 11, 2006

Sunday, May 07, 2006
















Cobertos pelo céu
abandonam-se os corpos
que só à natureza pertencem
porque entranhados na terra
e brotam sementes.
Abençoados as mulheres
e os homens que as fecundam
em tempestades de calor,
repentindo-se os ciclos da vida
....e nascem marés de
incondicional amor

Saturday, May 06, 2006

Wednesday, May 03, 2006
















Há dias em esperamos que ninguém feche a mão
porque sabemos que não temos força para voar.

Tuesday, May 02, 2006















DO MAR
Aqueles de um país costeiro, há séculos,
contêm no tórax a grandeza
sonora das marés vivas.
Em simples forma de barco,
as palmas das mãos.
Os cabelos são banais
como algas finas. O mar
está em suas vidas de tal modo
que os embebe dos vapores do sal.
Não é fácil amá-los
de um amor igual à
benignidade do mar.»
Fiama Hasse P. Brandão

Monday, May 01, 2006
















E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
David Mourão Ferreira