Friday, April 28, 2006
















Estou Além
Nao consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P'ra nao chegar tarde
Nao sei de que é que eu fujo
Será desta solidão?
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar
A quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só:
Quero quem
quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem nao conheci
Esta insatisfação
Nao consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P'ra outro lugar
Vou continuar
a procurar
A minha forma
O meu lugar
....
António Variações

8 comments:

Anonymous said...

Dirigem-se a quem as quiser entender...sei que não são faceis por não parecerem fazer sentido mas, gosto de as colocar assim com a minha forma e no meu lugar...um beijinho.

Promenade Du Feu said...

Na verdade o poema não é da Lena D'agua mas sim do António Variações.
Um belo poema não obstante.

Ligada à Terra said...

O poema é do António Variações, sim. Lapso de atenção de quem está além a fazer muitas coisas.
Obrigada e fica bem

Anonymous said...

Um poema de António Variações onde todos nos encontramos...
A essencia do ser humano em palavras...
Para mim das suas mais belas canções...

Beijo para ti Lua, e obrigada pela tua disponibilidade para me emprestares as tuas musicas ;)...tens sempre uma boa selecção...ás vezes é irresistivel e levo-as comigo sem pedir autorização á dona!!!!!!!

Unknown said...

A dias em que este parece ser o hino que comanda a vida. Noutros dias um céu azul, um sorriso, uma palavra amiga, chegam para por para trás das costas tanta insatisfação...

Lúcio Ferro said...

Bounjour. Bom domingo e sim o Variações diz muito sobre nós.

Anonymous said...

Olá Lua...
Como deves já ter percebido eu sinto muito as palavras do António, por ironia do destino estive junto dele uns tempos antes de ele falecer, eu era um adolescente dava muita (demasiada) importância ao que se dizia dos outros, e o que se dizia dele não era nada de normal, comum, é por isso que ele ainda hoje é falado e falado, não é das pessoas normais, comuns que se falada depois de irem para outro espaço temporal.
Tenho pena de não ter feito conversa com ele, se fosse hoje não me teria inibido...
Um beijo, até ao teu regresso.

Papoila said...

Grande poem do António Variações que retrata a condição humana. Todos nós sentimos assim um dia... Boa escolha Lua, que também tens as tuas fases como todos nós... Aliás, até nos influencias a nós, e às marés.
Beijo