Sunday, April 23, 2006














Barco Negro
De manhã, que medo que me achasses feia,
acordei tremendo deitada na areia.
Mas logo os teus olhos disseram que não!
E o sol penetrou no meu coração.
Vi depois numa rocha uma cruz
e o teu barco negro dançava na luz...
Vi teu braço acenando entre as velas já soltas...
Dizem as velhas da praia que não voltas.
São loucas... são loucas!
Eu sei, meu amor, que nem chegaste a partir,
pois tudo em meu redor me diz que estás sempre comigo.
No vento que lança areia nos vidros,
na água que canta no fogo mortiço,
no calor do leito dos bancos vazios,
dentro do meu peito estás sempre comigo.
Eu sei, meu amor, que nem chegaste a partir,
pois tudo em meu redor me diz que estás sempre comigo.
David Mourão Ferreira

4 comments:

Anonymous said...

Um desconhecido...

As palavras perpectuam-se no tempo... num tempo só nosso em que partilhar, dialogar e compreender são as palavras mestras para o encontro!!!

Encontrei alguém que me fez sonhar e sorrir por uns tempos, que me fez chorar também... é linda!!! chama-se Joana... e é o meu sonho!!!

Gostava de a poder acompanhar e de lhe dizer tudo o que me corre no peito... mas um medo que paralisa impede-me...

Sinto-me perdido por ela... é um anjo...

Sou o Carlos que por uns dias lhe devolveu o sorriso... Adoro-a... tem uma filha linda!!!

Lúcio Ferro said...

Ups...Espero não vir incomodar...

Pasei para dizer que sim, que pois, que viva a vida e que viva o Amor. Ou talvez não.

Kisses.

Ligada à Terra said...

Muito obrigada Carlos, pelas belissimas palavras sobre a minha filha.
Bem hajas!

Ligada à Terra said...

Lobo, não incomodas mesmo que as minhas palavras não sejam as tuas.
Tb nem sei se as minhas são minhas.
Boa semana!