Saturday, March 04, 2006

Identidade
Matei a lua e o luar difuso.
Quero os versos de ferro e de cimento.
E em vez de rimas, uso
As consonâncias que ha' no sofrimento.


Universal e aberto, o meu instinto acode
A todo o coração que se debate aflito.
E luta como sabe e como pode:
Da' beleza e sentido a cada grito.


Mas como as inscrições nas penedias
Tem maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção.
Miguel Torga

1 comment:

Anonymous said...

Oiiii!!
Vim deixar um beijo para Eu, para Tu, que confusão... para ti!!

Beijo a Lua e sinto o seu luar, até outro momento...