Thursday, September 27, 2007


As Guerras da Gellhorn
Acabei de comprar "A Face da Guerra'. Uma selecção de reportagens de guerra desde a Guerra de Espanha até à Guerra do Panamá. Escrito por Martha Gellhorn(1908-1998), jornalista americana, dizem que é um livro emocionante como foi a vida da sua autora. Terceira mulher de Hemingway, parece que a senhora viveu a vida com intensidade, paixão e inteligência.
Já venho....

Voluntário
Precisa-se
Homem, com sorriso claro e olhar transparente,
que tenha a cultura que permita a conversa sem tempo
mas que não envergonhe o saber que ainda não chegou.
Que goste de rir, que faça rir, que ria de si
mas que saiba chorar também.
Que aprecie o ócio sem dele se tornar escravo
e que gaste menos dinheiro do que ganha.
É necessário que saiba olhar para além do que se vê.
Precisa de ter idade para saber o que não quer,
que saiba interpretar o olhar
e disponibilidade para abraçar.
Importante que saiba calar-se quando as palavras podem ser pedras.
Esta causa não tem horário nem férias.
Não haverá retribuição, horas extraordinárias,
promoções na carreira ou ajudas de custo.
Procura-se voluntário para encontrar a alma

Wednesday, September 26, 2007

Porque olhas a lua?
Não consigo deixar de olhar!
Está longe, distante, mas o brilho encanta-me!
E quando ela não brilha?
Vejo-a!
Sabes que quando ela não brilha
é quando ela mais precisa de ser vista.




Saturday, September 22, 2007

You're always on my mind

Tuesday, September 04, 2007


Poema do regresso

Jose Angel Buesa

Venho do fundo escuro de uma noite implacável,
e contemplo os astros com um gesto de assombro.
Ao chegar à tua porta confesso-me culpável,
e uma pomba branca pousa no meu ombro

Meu coração humilde detém-se na tua porta,
com a mão estendida como um velho mendigo;
e teu cachorro late de alegria na horta,
porque, apesar de tudo, segue sendo meu amigo.

Ao fim cresceu o roseiral, aquele que não crescia
e agora oferece as suas rosas atrás da grade de ferro;
Eu também mudei muito desde aquele dia,
pois não tem estrelas as noites do exílio.

Talvez tua alma esteja aberta atrás da porta fechada;
porém ao abrir tua porta, como se abre a um mendigo,
olha-me docemente, sem perguntar-me nada,
e saberás que não havia voltado... porque estava contigo.